quinta-feira, 14 de maio de 2009

Carta de um Serrano

Segue a correspondência trocada entre o Tio Sérgio e nosso parente Serrano na Espanha. Com muito orgulho recebemos notícias de nossos parentes, que faz engrandecer cada vez mais o sentimento familiar e o laço de união que cerca todos da Família Serrano.

From: sergioserranonunes@hotmail.com
To: alejosalasalonso@hotmail.com
Subject: Sergio Serrano Nunes
Date: Tue, 12 May 2009 01:29:11 +0000

     Querido primo Alejo:
 
      Como já faz algum tempo  que não nos comunicamos, envio-lhe noticias daqui do Brasil. Meus filhos Sérgio e Silvio (netos de emigrado) já conseguiram a cidadania espanhola. Aguardam, tão somente, retirar o passaporte. 
     Saiba que o Silvio, um republicano incorrigivel, tornou-se espanhol no dia 02/abril/2009 e não no 7/novembro (gloriosa defesa de Madrid). A ele gostaria de ter-se tornado espanhol no dia 07/novembro, mas contentou-se em não ter sido no dia 01/abril (Vitoria Franquista). O Silvio, também, com domicilio eleitoral em Mesas de Ibor sente orgulho de que na bandeira de Mesas de Ibor ainda tem o "el morado" (color de la republica), como primeiro evento relacionado com  a Espanha  que participou já como espanhol foi no Instituto Cervantes de São Paulo no dia 23 de abril na "I Jornada de Lectura Continuada Conmemorativa del Día Mundial del Libro y de los Derechos de Autor", e leu como se poderia esperar: "El Mensaje de Despedida a los Voluntarios de las Brigadas Internacionales" de Dolores Ibárruri (La Pasionaria).  
      Alejo, temos muita saudade da Espanha, e, pensamos retornar a passeio em breve, talvez em 2010.
      Quando vieres ao Brasil me comunique com antecedência, pois se voce quiser poderemos arrumar-lhe um passeio na Amazônia brasileira para você conhecer um pouco do exotismo da selva . Enfim, coisas do Brasil.
      Alejo, me perdoe por alguma descortesia que eventualmente lhe tenha feito, gostaria muito de continuar comunicando-me contigo.
      Um abraço a você e a toda sua família.    
 
      Sérgio Serrano Nunes


From: alejosalasalonso@hotmail.com
To: sergioserranonunes@hotmail.com
Subject: RE: Sergio Serrano Nunes
Date: Thu, 14 May 2009 11:41:17 +0200

Querido Sergio:
Me alegran mucho tus noticias y saber que toda tu familia y tú estáis bien. Nosotros, mi mujer y mis hijos, también estamos bien. Me alegra igualmente que estéis deseosos de volver a España. Espero que, si volvéis, podamos disponer de más tiempo para vernos y poder conversar. Yo pienso ir a Brasil cuando me jubile y eso no sucederá antes del 2011. Naturalmente, te informaré de ello con tiempo suficiente.
Querido Sergio, en ningún momento has incurrido en  ninguna descortesía conmigo. Al contrario, estoy muy satisfecho de haberte conocido y creo que sería un error no continuar con nuestra comunicación, aunque a veces el tiempo nos falte para que esta comunicación sea todo lo intensa que desearíamos.
De todas formas, quiero decirte que siempre será agradable recibir noticias tuyas y de tu familia y me siento muy orgulloso de que, tantos años después y desde tan lejos, haya personas que lleven a gala su condición de españoles y de extremeños. Nada más, un fuerte abrazo para ti y para toda tu familia.


A. Salas



   

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tendencias e Debates - Folha de S.Paulo - 09/05/09



TENDÊNCIAS/DEBATES

A judicialização do acesso à saúde contraria os princípios do SUS?

NÃO

As verdadeiras causas e consequências

ANDREA LAZZARINI SALAZAR e KARINA BOZOLA GROU

ESTÁ NA pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se o Poder Judiciário pode obrigar as secretarias da Saúde ao fornecimento de medicamentos necessários à preservação da saúde e da vida dos cidadãos que buscam a Justiça. Ficará decidido se a saúde prevalece sobre o orçamento estabelecido pelo poder público ou se o inverso. No último mês de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou relatório escancarando a ineficiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na garantia do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) -devido sempre que um usuário de plano de saúde é atendido pela rede pública.(Essa obrigação dos planos exemplifica a liberdade dirigida ditada pela Constituição, pela Lei Orgânica da Saúde, pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Lei dos Planos de Saúde, indicando a submissão do privado ao público.) Confirmando a incompetência da ANS já apresentada em relatório de 2006, o TCU agora revela que, de 2003 a 2007, a agência deixou de cobrar R$ 2,6 bilhões de ressarcimento por atendimentos de média e alta complexidade feitos pelo SUS a usuários de planos de saúde. 
Uma compreensão restritiva e compartimentada da saúde não é capaz de relacionar um fato com o outro. Mas enfrentar o conjunto de questões que transitam entre o público e o privado é a chave para a solução de uma infinidade de problemas que assolam a saúde no país. No caso da judicialização de acesso aos medicamentos, à medida que a Justiça consagrou o direito constitucional dos cidadãos de receber os medicamentos de que necessitam, as secretarias da Saúde começaram a questionar o fenômeno. 
Entre as principais críticas, estão o tratamento individualizado em prejuízo do coletivo, a desorganização dos serviços, os maiores preços pagos pelos medicamentos comprados para atender demandas individuais e o desrespeito a consensos terapêuticos. Sob o manto de zelar pelo bom uso do dinheiro público, essa retórica coloca sob os ombros dos cidadãos a culpa por terem que buscar na Justiça o reconhecimento do seu direito essencial ao medicamento garantido pela Constituição Federal. 
Com todo respeito aos bem-intencionados em defesa do SUS, convém uma reflexão sobre a inversão da ordem das coisas. A população sofre com a escassez de medicamentos, leitos hospitalares e atenção básica não por causa dos recursos gastos para cumprir as determinações judiciais. O sofrimento desumano a que os cidadãos são submetidos é culpa dos governantes que não investem ou empenham corretamente o orçamento destinado à saúde; é devido à falta de racionalidade, organização, eficiência e vontade política. Sem o Poder Judiciário atuante, os governantes que já não obedecem a Constituição Federal e as leis ficariam mais à vontade para pisotear na saúde da população.
Portanto, as ações judiciais que reivindicam medicamentos não são contra o SUS, que é o sistema de saúde dos cidadãos, e não dos gestores de saúde. É interesse público que o direito à saúde e a dignidade humana de cada um, que nos lembra que o homem não tem preço, sejam respeitados. A independência e o equilíbrio entre os três Poderes são pilares da Constituição e servem, entre outras finalidades, para impedir que se cale a voz dos juízes e dos cidadãos. 
É urgente que as três esferas do Poder Executivo busquem a melhor destinação dos recursos públicos, com eficiência e sem admitir desvios, além de atuar com rigor para fazer retornar aos cofres públicos os valores que a ANS não se empenha em exigir dos planos de saúde, para impedir os abusos dos laboratórios farmacêuticos, as concessões indevidas de patentes, as publicidades atentatórias à saúde da população (de alimentos, medicamentos, bebidas alcoólicas), que tantos ônus trazem para o SUS. Estaríamos apontando para o rumo correto, em vez de condenar o cidadão a não receber o medicamento de que precisa para se manter vivo. 


ANDREA LAZZARINI SALAZAR, 36, advogada, é consultora jurídica do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e co-autora do livro "A Defesa da Saúde em Juízo".

KARINA BOZOLA GROU, 33, advogada, mestre em direito constitucional pela PUC-SP, é gerente jurídica do Idec e co-autora do livro "A Defesa da Saúde em Juízo".



Serrano no Wikipedia

Pedro Serrano

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Pedro Luis Serrano was a Spanish sailor who was supposed to have been marooned for seven or eight years in the sixteenth century on a small desert island. Details of the story differ, but the most common version has him shipwrecked on a small island in the Caribbean off the coast of Nicaragua in 1520s.

The island believed to be his was subsequently named Serrana Bank in his honor. The name first appears on a Dutch map of 1545. Other versions place the events in the Pacific off the coast of Peru as late as the 1540s. There is some doubt about the historicity of the tale. The earliest known source is Garcilaso de la Vega's Commentarios (1609).